domingo, 3 de abril de 2011

Toca-fitas



Toca-fita, é o aparelho eletroeletrônico que decodifica as informações armazenadas em fitas magnéticas, e as transforma em som.
A fita magnética é inserida no compartimento apropriado, onde é posta em contato com uma cabeça magnética, que capta as variações do campo magnético que fora previamente impresso sobre a fita. Um circuito eletrônico amplifica o sinal obtido e o aplica sobre um ou dois alto-falantes, que completam a transformação da informação em som.
O toca-fitas foi desenvolvido com o intuito de processar informações analógicas, mas seu uso logo se estendeu ao mundo digital, tendo sido adaptado para comunicar-se com os PCs mais antigos.
Os sistemas de gravação e reprodução do som visam à conservação documental de determinadas informações sobre meios físicos que permitam sua reedição posterior. A finalidade desses registros varia amplamente e pode ser tanto o lazer musical, como o comércio ou estudo.
Algumas particularidades do toca fitas:
• É preciso avançar ou retroceder rapidamente para chegar a um ponto determinado. Em uma fita longa, isso pode levar vários minutos.
• Em um toca-fitas, a cabeça de leitura/gravação encosta diretamente na fita movendo-se a cerca de cinco cm por segundo.

Principais avanços dos sistemas de gravação

O primeiro protótipo do fonógrafo foi obtido pelo francês Léon Scott em 1857, quando estudava as características do som. Somente vinte anos depois, no entanto, graças a uma máquina inventada por Thomas Alva Edison, foi possível ouvir a reprodução de uma gravação.

Sistemas magnéticos. A ideia de empregar um material magnético como base de gravação de sons, antecipada pelo inventor dinamarquês Valdemar Poulsen em 1898, só foi posta em prática pela indústria na década de 1920, quando começaram a serem utilizadas fitas magnéticas. Os primeiros gravadores usavam um arame, que era passado sob velocidade uniforme de um carretel para outro, através do campo magnético de um eletroímã. As ondas sonoras de um fone eram transformadas em impulsos elétricos e passavam para o eletroímã, que magnetizava o arame, segundo as ondas sonoras originais. Para reproduzir os sons da gravação magnética, fazia - se passar o arame pelo campo de um eletroímã semelhante, com a mesma velocidade e na mesma direção anterior. As partes então imantadas do arame produziam um impulso elétrico transmitido ao fone, onde o som era reproduzido.
Posteriormente, começaram a serem utilizadas fitas magnéticas constituídas de tiras de papel às quais se aplicava o resultado da secagem de um líquido saturado de partículas magnetizadas. Na Alemanha e nos Estados Unidos se desenvolveu, na década de 1930, um processo de gravação magnética sincronizada com as películas cinematográficas, base do sistema denominado magnetofone.
As modernas fitas de gravação magnética consistem num filme de base plástica recoberto de material magnético, geralmente óxido de ferro, embora se usem também o dióxido de cromo e partículas de metal puro. A gravação sobre essas fitas se fazem por meio do gravador, que efetua a conversão do som em sinal elétrico, depois aplicado sobre uma espira enrolada ao redor de um núcleo de ferro magnetizado. Os gravadores podem ter várias velocidades e números de pistas, mas todos se baseiam no mesmo princípio: uma bobina magnética, chamada cabeçote de gravação, atua como um ímã e magnetiza as partículas de óxido que constituem a base magnética da fita.
Nos sistemas magnéticos, o sinal elétrico a ser gravado é emitido por uma fonte, que pode ser microfone, disco, rádio etc. Depois de amplificado num circuito eletrônico, esse sinal elétrico é enviado à fita através de um cabeçote, bobina construída sobre um núcleo de ferro magnetizado, sobre cuja superfície a fita se move. A corrente na bobina produz uma força que magnetiza as partículas da fita. Para fazer a reprodução do som, basta passar o mesmo trecho da fita sobre o cabeçote de reprodução. As porções magnetizadas da fita provocam alteração do fluxo magnético no núcleo, gerando uma voltagem que é amplificada e enviada para os alto-falantes, os quais, ao vibrarem, reproduzem o som original.
Os principais tipos de fitas de gravação são a de rolo e a cassete. Os gravadores de fitas de rolo foram os primeiros a serem desenvolvidos e são usados principalmente para gravações profissionais. Podem operar a diferentes velocidades e tem grande flexibilidade, inclusive capacidade de gravar até 24 trilhas separadas. A fita cassete consiste num jogo de dois carretéis de fita dispostos num estojo retangular fechado. Embora o sistema de fita cassete, seja menos flexível e de maneira geral apresente menos fidelidade que os de fitas de rolo, os gravadores de cassete tornaram - se mais populares, principalmente devido à facilidade de operação.

Sistemas mecânicos. O primeiro aparelho mecânico de reprodução do som, inventado por Thomas Edison em 1877 e patenteado no ano seguinte, constava de um cilindro coberto com papel de estanho e um pavilhão, que tinha no fundo um diafragma ao qual se fixava uma agulha. Uma manivela imprimia ao cilindro um movimento de rotação e outro, mais lento, de translação, de modo que a agulha, apoiada sobre o papel de estanho, nele produzia um sulco ao riscar uma curva espiral ininterrupta. Quando se emitia um som, como a voz de uma pessoa, diante do pavilhão, as ondas sonoras provocavam vibrações no diafragma, que as transmitia à agulha.

Sistemas ópticos. O primeiro sistema óptico foi inventado por De Forest, que em 1923 desenvolveu técnicas de transcrição de ondas sonoras em impulsos de luz que podiam ser fotografados sobre uma tira de filme. Quando se passava o filme entre uma fonte luminosa e uma célula fotoelétrica num projetor cinematográfico, as imagens se transformavam novamente em voltagens elétricas que podiam se converter em som por um sistema de alto-falantes.
Outro tipo de gravação óptica é a de disco compacto digital (compact disc ou CD). Os métodos de gravação, leitura e reprodução sonora mediante raios laser determinou uma autêntica revolução tecnológica desses aparelhos. A durabilidade, a precisão de leitura e a qualidade do som dos compact discs determinaram a troca gradual, em determinados círculos, dos sistemas de audição fonográfica e magnética pelos de tecnologia a laser. Diferentemente dos demais métodos de gravação e reprodução, que criam "analogias" do som original e são por isso chamado de métodos analógicos, a gravação digital reproduz amostras do som a intervalos determinados e as converte em números binários, que são então gravados em fita sob a forma de uma série de pulsos. Os compact discs tornaram-se disponíveis comercialmente a partir do início da década de 1980 e alcançaram grande popularidade no início da de 1990. Outros sistemas digitais são o digital áudio tape (DAT) e o digital compact cassete (DCC).

Fontes pesquisadas em: 12/03/2011 >
http://informatica.hsw.uol.com.br/discos-rigidos2.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Toca-fitas
http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=1966

2 comentários:

  1. Muito esclarecedor seu texto.

    Quem nasceu num mundo informatizado nem imagina como as pessoas conseguiam viver sem a instantaneidade de som e imagem que se desfruta na atualidade.
    Parabéns pela pesquisa!

    ResponderExcluir