Este é o blog das turmas de Multimeios Didáticos e Biblioteconomia do Profuncionário - 2010, em Toledo/PR. Aqui iremos postar nossas atividades, dividir experiências e compartilhar nossos momentos em sala de aula.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Palotinense
Caso alguem precise realizar algum contato comigo, estou no Colegio Santo Agostinho.
Abraço
t+
Homenagem aos Professores
Bem criativo.
"Parece, mas não é"

O livro Parece, mas não é, de José Luiz Mazzaro, aborda o tema inclusão.
É um consenso a necessidade de se construir uma sociedade democrática e inclusiva, onde todos tenham seu lugar. Segundo especialistas, o Brasil é um dos países que tem uma das legislações mais avançadas sobre acessibilidade. O crédito vai, principalmente para a luta do movimento de pessoas com deficiência que compreenderam que a acessibilidade é um dos meios para se alcançar a inclusão social. O que deve ser feito já está previsto no Decreto Federal 5296/2004, conhecido como Lei de Acessibilidade, e em muitas outras normas. Mas a lei nem sempre é cumprida e, na realidade uma parte significativa da população ainda vive à margem.
As principais reclamações, por exemplo, é a falta de conscientização de quem usa o estacionamento destinado aos deficientes. Assegurar os direitos sociais da pessoa com deficiência, criando condições para promover sua autonomia, inclusão social e participação efetiva na sociedade deve ser uma luta diária e de cada um de nós.
Muitas pessoas e instituições estão trabalhando pela inclusão social e a informação é uma das grandes armas contra a discriminação.
Desta forma as escolas tem papel fundamental para a inclusão, pois o processo começa desde os primeiros anos, tanto para os indivíduos detentores de deficiências quanto para os que convivem com estes, fazendo com que a convivência se torne o mais normal possível.
Quando lemos o livro "Parece, mas não é", no texto “Um mundo diferente”, verificamos que mesmo o que parece igual é diferente. O mundo é repleto de diferenças, e são essas diferenças que nos fazem iguais.
Como vimos na imagem anterior, enganasse quem limita um indivíduo pela sua deficiência, neste caso física. Muitas vezes estes procuram se superar em outras áreas, e o fazem muito bem, o que precisam são oportunidades, visto que o deficiente nada mais é, do que uma pessoa normal, que possui uma dificuldade ou limitação, seja ela motora, visual, auditiva etc.
From This Moment On
É Gato ou é Pato?
Entre as temáticas abordadas, ao ler o pequeno conto Gato ou Pato, escolhi pesquisar sobre a disortografia.
Disortografia é a dificuldade do aprendizado e do desenvolvimento da habilidade da linguagem escrita expressiva. Eu tenho uma amiga que tem disortografia, muitas vezes ela achava que escrevia uma coisa e na verdade escrevia outra, ‘você’ virava ‘focê’, e ‘pato’ virava ‘dato’, ela também tinha dificuldade em memorizar a escrita correta das palavras. “Memorizar é com ‘z’ ou com ‘s’?”, ela estava sempre me fazendo perguntas desse tipo, pois pessoas com disortografia, além de trocar algumas letras tem dificuldade em perceber as sinalizações gráficas: parágrafos, travessão, pontuação e acentuação.
Quando descobri sobre a disortografia fiquei pensando em quantos alunos são criticados pelos professores porque “não sabem escrever” quando na verdade possuem uma dificuldade de aprendizado que está além dos seus esforços. Também pensei em quantas pessoas são julgadas por falar e escrever errado. Sei que é importante cobrar dos alunos a escrita e a fala correta da lingua portuguesa, afinal a escola também está aí para isso, transmitir o conteúdo. Mas também acredito que mais importante que o discurso é a prática.
Para ilustrar essas reflexões, escolhi um vídeo de uma banda que acho incrível, pela criatividade, pela ideologia e pelo bom uso da língua portuguesa, de diversas maneiras. O Teatro Mágico é pura poesia! Assista ao vídeo da música Zaluzejo, preste atenção na letra e se divirta:
Que não vai S na cebola e não vai S em feliz
Que o X pode ter som de Z e o CH pode ter som de X
Acredito que errado é aquele que fala correto e não vive o que diz"
Parece, mas não é! Cegueira
Deficiência visual é uma categoria que inclui pessoas cegas e pessoas com visão reduzida. Na definição pedagógica, a pessoa é cega, mesmo possuindo visão subnormal, quando necessita da instrução em braile; a pessoa com visão subnormal pode ler tipos impressos ampliados ou com auxílio de potentes recursos ópticos.
A definição clínica afirma como cego o indivíduo que apresenta acuidade visual menor que 0,1 com a melhor correção ou campo visual abaixo de 20 graus; como visão reduzida quem possui acuidade visual de 6/60 e 18/60 (escala métrica) e/ou um campo visual entre 20 e 50 graus, e sua visão não pode ser corrigida por tratamento clínico ou cirúrgico nem com óculos convencionais.
Os alunos com deficiência visual, cegos ou com visão subnormal, compõem um grupo que necessita de alguns recursos didáticos e adaptações curriculares para que possam participar ativamente do processo de ensino e aprendizagem. Apesar dos esforços realizados para a capacitação dos professores do ensino regular a realidade educacional brasileira aponta lacunas e graves problemas no processo de inclusão de alunos com deficiências visuais.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Forum Social Mundial
Movimento Estudantil
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
DISLALIA

O livro Parece mas não é” de José Luis Mazzarro, aborda várias temáticas sobre a inclusão. O NRE Toledo através da equipe de educação especial e inclusão educacional, desenvolve varias acoes que busca superar estas dificuldades nos colégios com as salas de recursos.
Após uma analise do cotidiano escolar e troca de informação com os professores um tema que merece destaque é a dislalia que encontrasse no texto “gato ou pato”.
Dislalia – Troca de Letras
A dislalia, é um distúrbio da fala que se caracterizado pela dificuldade de articulação de palavras: o portador da dislalia pronuncia determinadas palavras de maneira errada, omitindo, trocando, transpondo, distorcendo ou acrescentando fonemas ou sílabas a elas.
Quando se encontra um paciente dislálico, devesse examinar os órgãos da fala e da audição a fim de se detectar se a causa da dislalia é orgânica (mais rara de acontecer, decorrente de má-formação ou alteração dos órgãos da fala e audição), neurológica ou funcional (quando não se encontra qualquer alteração física a que possa ser atribuída a dislalia).
A dislalia também pode interferir no aprendizado da escrita tal como ocorre com a fala. A maioria dos casos ocorre na primeira infância, quando a criança está aprendendo a falar. As principais causas, nestes casos, decorrem de fatores emocionais, como, por exemplo, ciúme de um irmão mais novo que nasceu, separação dos pais ou convivência com pessoas que apresentam esse problema (babás, por exemplo, que dizem “pobrema”, “Framengo”, etc.), e a criança acaba assimilando essa deficiência.
'Uma recomendação fundamental para impedir o desenvolvimento da dislalia é, para que os pais e familiares do dislálico não fiquem achando engraçadinho quando a criança pronuncia palavras de maneira errada, como “Tota-Tola”, ao invés de “Coca-Cola”.
Há alguns casos comuns específicos de dislalia, que envolvem pronúncia do "K" do "G", nos quais, por falta de motilidade do palato mole, a pessoa omite tais fonemas (por exemplo, falando "ato" ao invés de "gato"; "ma'a'o" ao invés de MACACO). O "R" brando (que é pronunciado através da vibração da ponta da língua atrás dos dentes incisivos superiores); em muitos dos casos de dislalia, o "R" também costuma ser omitido ou pronunciado guturalmente (a pessoa fala como se fosse um francês ou um alemão falando Português).
As trocas de letras mais comuns provocadas pela dislalia são de "P" por "B", "F" por "V", "T" por "D", "R" por "L", "F" por "S", "J" por "Z" e "X" por "S".
Uma outra orientação importante que, o Fonoaudiólogo Simon Wajntraub dá aos pais e professores, é no sentido de eles próprios corrigirem os erros que seus filhos e alunos apresentem, já que o fundamental é não deixar que o mau hábito se instale. Na maioria das vezes, esse caso pode ser corrigido em casa mesmo ou na escola, através de repetição constante. Não se pense existem técnicas fonoaudiológicas mirabolantes para corrigir a troca de fonemas: a repetição de modelos corretos é, de longe, a melhor solução.
Outra troca muito comum é o famoso “tatibitati”, que sempre acontece por excesso de mimos. Com isso, a criança fica falando de maneira entrecortada e infantilizada. É muito comum, por exemplo, encontrar adultos, sobretudo do sexo feminino, que foram excessivamente mimados na infância e cresceram falando de maneira infantil, o que pode lhes ser extremamente prejudicial quando, por exemplo, fazem uma entrevista para conseguir um emprego.
Esse problema pode se refletir também na escrita, e sua correção obedece aos mesmos parâmetros da correção dos problemas da fala. Os professores que trabalham com alfabetização devem dar uma atenção especial àquelas crianças que têm uma aprendizagem mais lenta e trocam letras ou apresentam outros sintomas da dislalia, insistindo com elas no sentido de que exercitem a pronúncia e ortografia correta das palavras.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Davida
Tem entre seus objetivos:
- Assegurar o protagonismo e a visibilidade das profissionais do sexo;
- Promover políticas públicas para a categoria e exercer o controle social;
- Obter o reconhecimento legal da profissão;
- Promover a organização da classe, assessorando a formação de associações e capacitando suas lideranças;
- Reduzir a vulnerabilidade da categoria, especialmente nas áreas de direito legal, saúde e segurança;
- Denunciar e enfrentar o estigma do preconceito e a discriminação que atingem as profissionais do sexo;
- Garantir e divulgar benefícios sociais para a categoria;
- Conquistar melhores condições de trabalho e qualidade de vida para as profissionais do sexo.
Num país tradicionalista e conservador que sofre com a influência das Igrejas católica e evangélica sobre o poder político, a Davida encontrou na moda uma grande arma para atrair a atenção e sensibilização pública. Essa ONG brasileira é responsável pela fundação da DASPU (grife de moda). Lançada por um grupo de prostitutas cariocas em dezembro de 2005, seu objetivo inicial era sanar as dificuldades financeiras desta organização não-governamental, porém vem seguindo um caminho de sucesso e superação.
A repercussão da DASPU na mídia brasileira e internacional permitiu ao movimento comunicar suas reivindicações a toda à sociedade, e obter renda para inúmeros projetos sociais. Desde 2005, o grupo já lançou seis coleções e promoveu mais de 40 desfiles.
Frases como “Somos más, mas podemos ser piores”, ou “PU da vida”, “Moda pra mudar” ou “Antes do show, afine o instrumento” têm servido para chamar a atenção da sociedade para a situação das trabalhadoras da indústria do sexo no Brasil e despertar consciências na luta contra os preconceitos. Entre as frases gastronômicas e sugestivas estão “Não se prenda ao arroz com feijão”, “Caipiranha”, “Garota Daspu” (em referência ao chocolate garoto), “O prazer começa pela boca”, “Porção de puta”, “Daspu à La carte”, “Sexo seguro não engorda” e “Cana Sacana”, irreverência para todos os gostos, o bom humor e essa forma de brincar com algo tão sério deixaram a grife em evidência.
“Daspu: modos de usar, moda para mudar”, a antropóloga Hilaine Yaccoub destaca que a marca apresenta roupas para “dar o que falar”. Segundo ela: “A moda da grife não se lê nas entrelinhas, nem se limita a efemeridade das coleções convencionais”.
“Todo mundo pode compreender o nosso discurso, já que a prostituição existe em todos os países”, comenta Flavio Lenz, o assessor de imprensa da companhia. “Nós esperamos que a marca possa suscitar o debate em todos os lugares onde ela for comercializada”.
A DASPU não vende só roupas.
Vende ideologia.
Ao vermos prostitutas desfilando nas passarelas nos lembramos que são mulheres e devem ter sua cidadania respeitada. A própria diretora da ONG DAVIDA é uma ex-prostituta, Gabriela Leite abandonou a profissão para se dedicar exclusivamente a associação, segundo ela “ao verem colegas de trabalho em evidência na mídia toda a categoria sente se confiante”. A grande maioria das mulheres que se dedicam a prostituição não assume o seu trabalho, devido o preconceito que a profissão desperta nos outros, a DASPU é uma forma de suavizar a maneira como a sociedade vê a prostituição. No Brasil sua prática é legal, mas não está regulamentada, apesar de fazer três anos que o deputado federal do Partido Verde, Fernando Gabeira criou um projeto de lei que visa a regulamentar a prostituição, de acordo com o mesmo: “As prostitutas desempenham um papel importante na sociedade”, afirma. “A prostituição deve ser entendida como uma indústria, e o proxeneta como um diretor de empresa que fornece serviços aos seus clientes”.
Contudo, atualmente estamos mais tolerantes aos excluídos e fragilizados, nossa sociedade parece ter sido conquistada pela DASPU, a grife se parece muito com o Brasil e vem conquistando inclusive outros países.
No Brasil as Putas estão literalmente na Moda.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Uma Reflexão Importante
Recebi esse vídeo e achei o conteúdo muito importante. Vale a pena ver:
É incrível como aqueles que elegemos para nos representar fazem qualquer coisa, menos nos representar! De que adianta participar de conferências, debates, conselhos?
*Suspiro frustado...*
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Sobre o livro: Parece mas não é! Surdez.
Não devemos usar o termo: surdo-mudo, pois, todos temos uma forma de linguagem pela qual nos expressamos.
A pessoa surda tem direito a educação bilíngue, ou seja, aprender Libras e Língua Portuguesa na escola.
Autora: Vanilda de Souza Silva
Fonte: Itinerante/2010.
Refletindo sobre a leitura desse livro, “Parece, mas não é!”, decidi pesquisar sobre os deficientes físicos, principalmente os cadeirantes, e porque não falar sobre uma coisa que faz parte do meu cotidiano, pois meu esposo não é cadeirante, mas teve parte da perna esquerda amputada devido a um grave acidente de moto, ele usa prótese. Mas essa não é a principal questão, gostaria de contar um pouco sobre “HCR” (handebol em cadeiras de rodas), esporte adaptado do qual meu esposo faz parte, inclusive na seleção brasileira de HCR, que foi formada pela primeira vez em 2009, durante o primeiro campeonato brasileiro de HCR que aconteceu aqui em Toledo em 2009, e novamente em 2010, só que na cidade de Caçador, SC, onde meu esposo Claudinei foi novamente convocado para fazer parte da seleção brasileira, o time de HCR de Toledo, participa de campeonatos em várias cidades, inclusive a seleção que no momento tem quatro componentes de Toledo, viajou recentemente para Buenos Aires, na Argentina, onde se apresentaram e foram homenageados, e também a alguns dias atrás foram homenageados num evento que aconteceu na cidade de Cascavel, durante o Prêmio Amop de Jornalismo, com a presença de dezenas de autoridades.
Esse esporte adaptado ainda é novo, mas aos poucos vem ganhando espaço, só que ainda sofre a falta de apoio financeiro, pois muitas vezes deixam de fazer algumas viagens por falta de recursos, pois os atletas não ganham para jogar e também não é justo que banquem essas viagens com recursos próprios, mas lentamente as coisas vão melhorando.
O time de HCR de Toledo já fez diversas apresentações em escolas de Toledo e região.
Voltando a falar em inclusão, gostaria de contar um fato, meu esposo a algum tempo atrás fez vestibular para o curso de Educação Física em uma faculdade da região,passou no vestibular, fez a matrícula, mas ao descobrirem que ele era usava prótese foi chamado de volta e devolveram o valor da matrícula, alegando que por ser deficiente, não poderia cursar Educação Física, então perguntamos, onde esta a tão falada “inclusão”?
sábado, 20 de novembro de 2010
Movimentos de Enfrentamento a violência
INSTITUTO SOU DA PAZ -
www.soudapaz.org
Seu objetivo é influenciar a atuação do poder público e de toda a sociedade frente à violência. Trabalhando em quatro áreas: Adolescência e Juventude, Controle de Armas, Gestão Local da Segurança Pública e Polícia.
A partir da década de 80, o país enfrentou uma das piores escaladas de violência, que se agravou durante a década seguinte. Um estudo da ONU realizado em 1996 apontava o Brasil como o país onde mais se matava por armas de fogo em todo o mundo e, pela primeira vez, a violência superava o desemprego como a principal preocupação dos paulistanos. Um grupo de estudantes da Faculdade de Direito da USP, atento à proliferação das armas de fogo - que comprovadamente contribuía para a gravidade da situação - decidiu lançar uma campanha que chamasse a atenção para esse problema. Assim, em 11 de agosto de 1997, foi lançado o primeiro movimento nacional de combate à violência com armas de fogo e pela valorização da vida: a “Campanha dos Estudantes Sou da Paz pelo Desarmamento". Este movimento contou com o apoio de organizações da sociedade civil (OAB, ILANUD, Comissão de Justiça e Paz, entre outros) e personalidades dos meios jornalístico, publicitário, artístico e esportivo.
Ela se dividiu em duas frentes: promover a conscientização da população, com uma campanha de mídia de alcance nacional além de palestras e debates, e ao mesmo tempo fazer uma campanha de desarmamento voluntário – a primeira do país.
Em poucos meses foram entregues mais de 3.500 armas na cidade de São Paulo. Estas armas foram, pela primeira vez na história do Brasil, destruídas publicamente. Por causa da Campanha e do destaque que ela obteve, o Congresso começou a propor medidas concretas de restrição ao uso de armas. Colocando o problema das armas de fogo, antes invisível, no topo da agenda nacional. O sucesso dessa ação, aliado à percepção de que a violência exige ações em muitos âmbitos, levou à criação, em 1999, de uma ONG, O INSTITUTO SOU DA PAZ.
Sua missão é contribuir para a efetivação no Brasil de políticas públicas de segurança e prevenção da violência que sejam eficazes e pautadas pelos valores da democracia, da justiça social e dos direitos humanos, por meio da mobilização da sociedade e do Estado e da implementação e difusão de práticas inovadoras nessa área.
O trabalho do Instituto Sou da Paz, consiste no desenvolvimento de metodologias inovadoras e na promoção de ações de mobilização da sociedade para que esta pressione o poder público em busca de resultados. Com isso, ele pretende inspirar políticas públicas de segurança e estimular as pessoas, agindo em conjunto, para que cada um desempenhe seu papel num problema que é de todos.
REDE DE COMUNIDADES E MOVIMENTOS CONTRA
A VIOLÊNCIA - www.redecontraviolencia.org
É um movimento social independente do Estado, de empresas, partidos políticos e igrejas. Reúne moradores de favelas e comunidades pobres em geral, sobreviventes e familiares de vítimas da violência policial, militantes populares e de direitos humanos.
Ela surgiu no ano de 2004, como fruto da luta mais organizada das comunidades e dos movimentos sociais contra a violência de Estado, a arbitrariedade policial e a impunidade. Inspirada em mobilizações como as, das comunidades do Borel, Acari, Caju e Manguinhos, bem como na resistência incansável de mães e outros familiares de vítimas da violência policial. A Rede (na época denominada Movimento Posso me Identificar) organizou em 16/04/2004, a manifestação, ao completa um ano da chacina que tirou a vida de quatro jovens no Borel em 2003.
Na ocasião, uma série de propostas e reivindicações ao poder público, acabaram sendo respaldadas pelas Conferências Estaduais e Nacionais de Direitos Humanos, realizadas naquele ano.
Entretanto, até o momento isso não passou de formalidade, porque desde então as práticas e métodos da polícia face às comunidades e populações pobres não mudaram nada, e os policiais envolvidos em matanças e grupos de extermínio continuam sentindo-se muito seguros e certos da impunidade, como prova a chacina da Baixada de 31/03/2005, que tirou a vida de pelo menos 29 pessoas numa só nooite.
A Rede se constrói pela soma, com preservação da autonomia, de grupos de comunidades, movimentos sociais e indivíduos, que lutam contra a violência do Estado e as violações de direitos humanos praticadas por agentes estatais nas comunidades pobres. Oos principais objetivos são:
Estimular e promover movimentos permanentes nas comunidades, de prevenção e denúncia da violência estatal, propiciando seu relacionamento e apoio mútuo;
Reduzir o número e a freqüência, até a total eliminação, dos casos de mortes e violações de direitos, devidas à atividade policial/militar;
Exigir do Estado reparação às vítimas e sobreviventes de abusos e violações cometidos por agentes do Estado;
Construir na sociedade uma rede de apoio médico, jurídico, psicológico e social às vítimas e sobreviventes da violência estatal e contra a violência policial/militar;
Eduardo L. Bregolato
Pastoral da Criança e Zilda Arns - Uma história de amor a VIDA
Zilda Arns Neumann (Forquilhinha, 25 de agosto de 1934 — Porto Príncipe, 12 de janeiro de 2010) foi uma médica pediatra e sanitarista brasileira.
Irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, foi também fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança[1] e da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Recebeu diversas menções especiais e títulos de cidadã honorária no país. Da mesma forma, à Pastoral da Criança foram concedidos diversos prêmios pelo trabalho que vem sendo desenvolvido desde a sua fundação.
O casal brasileiro de origem alemã, Gabriel Arns e Helene Steiner, teve 16 filhos. Zilda, a 13ª criança,[2] nasceu no dia 25 de agosto de 1934, em Forquilhinha, no interior de Santa Catarina. Em 26 de dezembro de 1959, casou-se com Aloísio Bruno Neumann (1931-1978), com quem teve seis filhos: Marcelo (falecido três dias após o parto), Rubens, Nelson, Heloísa, Rogério e Sílvia (que faleceu em 2003 num acidente automobilístico). Zilda Arns era avó de dez netos.
Formada em medicina pela UFPR, aprofundou-se em saúde pública, pediatria e sanitarismo, visando a salvar crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência em seu contexto familiar e comunitário. Compreendendo que a educação revelou-se a melhor forma de combater a maior parte das doenças de fácil prevenção e a marginalidade das crianças, para otimizar a sua ação, desenvolveu uma metodologia própria de multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres, baseando-se no milagre bíblico da multiplicação dos dois peixes e cinco pães que saciaram cinco mil pessoas, como narra o Evangelho de São João (Jo 6:1-15).
A sua prática diária como médica pediatra do Hospital de Crianças César Pernetta, em Curitiba, e, mais tarde, como diretora de Saúde Materno-Infantil da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná, teve como suporte teórico as seguintes especializações:
Educação em Saúde Materno-Infantil, na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP);
Saúde Pública para Graduados em Medicina, na Faculdade de Saúde Pública (USP)
Administração de Programas de Saúde Materno-Infantil, pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) /Organização Mundial da Saúde (OMS), e Ministério da Saúde
Pediatria Social, na Universidade de Antioquia, em Medellín, Colômbia
Pediatria, na Sociedade Brasileira de Pediatria
Educação Física, na Universidade Federal do Paraná
Sua experiência fez com que, em 1980, fosse convidada pelo Governo do Estado do Paraná a coordenar a campanha de vacinação Sabin, para combater a primeira epidemia de poliomielite, que começou em União da Vitória, criando um método próprio, depois adotado pelo Ministério da Saúde. No mesmo ano, foi também convidada a dirigir o Departamento Materno-Infantil da Secretaria da Saúde do mesmo Estado, quando então instituiu com extraordinário sucesso os programas de planejamento familiar, prevenção do câncer ginecológico, saúde escolar e aleitamento materno.[3]
Em 1983, a pedido da CNBB, criou a Pastoral da Criança juntamente com o presidente da CNBB, dom Geraldo Majella, Cardeal Agnelo, Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil , que, à época, era Arcebispo de Londrina. No mesmo ano, deu início à experiência a partir de um projeto-piloto em Florestópolis. Após vinte e cinco anos, a pastoral acompanhou 1 816 261 crianças menores de seis anos e 1 407 743 de famílias pobres em 4060 municípios brasileiros. Neste período, mais de 261 962 voluntários levaram solidariedade e conhecimento sobre saúde, nutrição, educação e cidadania para as comunidades mais pobres, criando condições para que elas se tornem protagonistas de sua própria transformação social.
Para multiplicar o saber e a solidariedade, foram criados três instrumentos, utilizados a cada mês:
Visita domiciliar às famílias
Dia do Peso, também chamado de Dia da Celebração da Vida
Reunião Mensal para Avaliação e Reflexão
Em 2004, recebeu da CNBB outra missão semelhante: fundar e coordenar a Pastoral da Pessoa Idosa. Atualmente mais de cem mil idosos são acompanhados mensalmente por doze mil voluntários de 579 municípios de 141 dioceses de 25 estados brasileiros.
Dividia seu tempo entre os compromissos como coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa e coordenadora internacional da Pastoral da Criança e a participação como representante titular da CNBB no Conselho Nacional de Saúde, e como membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Morte
Zilda Arns encontrava-se em Porto Príncipe, em missão humanitária, para introduzir a Pastoral da Criança no país. No dia 12 de janeiro de 2010, pouco depois de proferir uma palestra para cerca de 15 religiosos de Cuba,[4] o país foi atingido por um violento terremoto. A Dra. Zilda foi uma das vítimas da catástrofe.[5][6][7][8][9]
No dia 14 de janeiro, o senador Flávio Arns (PSDB-PR), seu sobrinho, divulgou uma nota sobre as circunstâncias da morte da médica:
"A Dra. Zilda estava em uma igreja, onde proferiu uma palestra para cerca de 150 pessoas. Ela já tinha acabado seu discurso e estava conversando com um sacerdote, que queria mais informações sobre o trabalho da Pastoral da Criança. De repente, começou o tremor. O padre que estava conversando com ela deu um passo para o lado e a Dra. Zilda recuou um passo e foi atingida diretamente na cabeça, quando o teto desabou. Ela morreu na hora. A Dra. Zilda não ficou soterrada. O resto do corpo não sofreu ferimentos, somente a cabeça foi atingida. O sacerdote que conversava com ela sobreviveu. Já outros quinze sacerdotes que estavam próximos a ela faleceram”
Prêmios internacionais
Entre os prêmios internacionais recebidos por Zilda Arns Neumann,[12] merecem destaque:
Prêmio "Heroína da Saúde Pública das Américas", concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em 2002;
Prêmio Social 2005 da Câmara de Comércio Brasil-Espanha;
Medalha "Simón Bolívar", da Câmara Internacional de Pesquisa e Integração Social, em 2000;
Prêmio Humanitário 1997 do Lions Club International;
Prêmio Internacional da OPAS em Administração Sanitária, 1994.
Prêmio Rei Juan Carlos (Prêmio de Direitos Humanos Rei da Espanha) pela Universidade de Alcalá. Recebeu o prêmio em 24 de janeiro de 2005, das mãos do rei.[14][15]
[editar] Prêmios nacionais
Entre os prêmios nacionais, destacam-se:
Diploma Mulher Cidadã Bertha Lutz, do Senado Federal, em 2005;
Diploma e medalha O Pacificador da ONU Sérgio Vieira de Mello, concedido pelo Parlamento Mundial de Segurança e Paz, em 2005;
Troféu de Destaque Nacional Social, principal prêmio do evento As mulheres mais influentes do Brasil, promovido pela Revista Forbes do Brasil com o apoio da Gazeta Mercantil e do Jornal do Brasil, em 2004;
Medalha de Mérito em Administração, do Conselho Federal de Administração, em Florianópolis, Santa Catarina, 2004;
Medalha da Inconfidência, do Governo do Estado de Minas Gerais, em 2003;
Título Acadêmico Honorário, da Academia Paranaense de Medicina, em Curitiba, Paraná, 2003;
Medalha da Abolição, concedida pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, em 2002;
Insígnia da Ordem do Mérito Médico, na classe Comendador, concedida pelo Ministério da Saúde, em 2002;
Medalha Mérito Legislativo Câmara dos Deputados, em 2002;
Comenda da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, grau Comendador, concedida pelo Tribunal Superior do Trabalho, em 2002;
Medalha Anita Garibaldi, concedida pelo governo do Estado de Santa Catarina, em 2001;
Comenda da Ordem do Rio Branco, grau Comendador, concedida pela Presidência da República, 2001;
Prêmio de Honra ao Mérito da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, 2001;
Medalha de Mérito Antonieta de Barros, concedida pela Assembleia Legislativa de Florianópolis;
Prêmio de Direitos Humanos 2000 da Associação das Nações Unidas – Brasil, em 2000;
Prêmio USP de Direitos Humanos 2000 – Categoria Individual.
Em 2001, 2002, 2003 e 2005 a Pastoral da Criança foi indicada pelo Governo Brasileiro ao Prêmio Nobel da Paz. Em 2006, a Dra. Zilda foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz, junto com outras 999 mulheres de todo o mundo selecionadas pelo Projeto 1000 Mulheres, da associação suíça 1000 Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz. Também é cidadã honorária de onze estados brasileiros (CE, RJ, PB, AL, MT, RN, PR, PA, MS, ES, TO) e de trinta e dois municípios e doutora Honoris Causa das seguintes universidades:
Autores: Vanilda de Souza Silva e Alex Diego Meinerz
Referências: www.youtube.com e http://pt.wikipedia.org/wiki/Zilda_Arns
Movimento homosexual
O Movimento Homossexual Brasileiro é uma série de manifestações sócio-político-culturais em favor do reconhecimento da diversidade sexual, e pela promoção dos interesses dos homossexuais diante da sociedade brasileira.
O movimento em si não tem uma data de início específica mas as manifestações contra o preconceito que se exercia contra as pessoas homossexuais pode ser sentida da década de 40 para cá, com especial ênfase a partir da década de setenta, depois da abertura política.
Pessoas transexuais e travestis
A questão das pessoas transexuais e travestis cria um novo dilema para o movimento, já que o termo homossexual, relacionado à orientação sexual, não as contempla dado que transexualidade e travestilidade refere-se a identidade de gênero, componente completamente diferente de orientação sexual. Por isso muitos grupos hoje adotam a expressão Movimento GLBT (ou LGBT, ou GLBTT).
Ainda assim, ativistas trans (transexuais e travestis) expressam duras críticas ao movimento, pela falta de atenção com suas especificidades, pelo englobamento de pessoas trans em estatísticas relacionadas a crimes contra "homossexuais", enfim, pela falta de atenção nas demandas relativas a identidade de gênero.
● Bahia
No estado da Bahia, dentre outras entidades e pessoas, destaca-se o Grupo Gay da Bahia, um dos grupos LGBTs mais antigos e ainda em funcionamento no Brasil, fundado por Luiz Mott, e presidido até a atualidade (2007) por Marcelo Cerqueira, etc…
●Maranhão
No Maranhão o MHB destaca-se pela atuação da ONG Gayvota que atua na busca por direitos aos homossexuais. A ONG está a tuando oficialmente desde 2003, porém ja tem uma história d muitas lutas no campo da militancia GLBT, etc.
●Minas Gerais
No estado de Minas Gerais o Rainbow Fest, presidido por Oswaldo Braga,o Vice-governandor Antônio Anastasia, Danilo Oliveira, etc.
●Distrito Federal
Federação LGBT do Distrito Federal e Entorno é uma associação de ONG's LGBTS criada com o intuito de fortalecer o movimento organizado em Brasília e no Distrito Federal.
ONG Elos LGBT é uma entidade sem fins lucrativos com base no Distrito Federal, que tem como meta concientizar a popoulação seja ela LGBT ou não sobre a cidadania de Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
Datas Marcantes
1500: no desembarque no Brasil, os portugueses ficam admirados com os índos praticantes do "abominável pecado de sodomia"
1547: chega ao Brasil Estêvão Redondo, considerado o primeiro homossexual degredado para o Brasil
1821: é extinta a inquisição, eliminando-se a pena de morte contra os sodomitas
1830: entra em vigor o Código Penal do Império Brasileiro, que exclui o crime de sodomia
1978: fundação do Somos, primeiro grupo em defesa dos direitos LGBT do Brasil
1980: fundação do Grupo Gay da Bahia, em Salvador, o mais antigo grupo LGBT ainda em funcionamento na América Latina
1985: o Conselho Federal de Medicina retira o homossexualismo da classificação de doenças
1995: é fundada a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis (ABLGT), em Curitiba, a maior entidade em defesa dos direitos LGBT da América Latina
2000: O INSS é obrigado pela justiça federal a conceder, em todo o país, pensão por morte e auxílio-reclusão ao companheiro homem.
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST
Arnaldo Jabor